A Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa do Paraná (CPC-PR) surgiu em 2009 com o objetivo de agregar valor aos produtos da agricultura familiar camponesa. Nos últimos anos a cooperativa passou por uma reformulação passando a acessar os mercados institucionais através do Programa de Aquisição de Alimentos (PA).
A CPC-PR é de abrangência regional, porém pode atender demandas e chamadas públicas de abrangência estadual. Ela foi fundada basicamente por agricultores familiares, técnicos agrícolas, engenheiros de alimentos, tecnólogos em agroecologia, com finalidade de acessar as políticas públicas.
A cooperativa foi se reformulando com a agroindustrialização e tendo outras exigências para ficar legalizada junto a vigilância sanitária. Os produtos que a CPC-PR está trabalhando são os derivados de milho – fubá, quirera, canjica, biju, feijão preto e feijão carioca – todas devidamente embaladas com a marca do campesinato.
Os outros produtos comercializados pela CPC-PR são derivados de panifícios, doces, geléias e agora está começando a comercializar polpas de frutas – como abacaxi, morango, laranja e maracujá – essas duas últimas no momento se encontram em estado de experimentação.
Esses produtos frutíferos já estão sendo comercializados diretamente aos consumidores que fazem as encomendas através do Whatsapp e buscam lá no espaço onde se encontra a cooperativa. As vendas estão sendo feitos para lanchonetes, feiras e outros tipos de comércio que revendem em forma de suco.
De acordo com o presidente da cooperativa, Jacir do Amaral Paré, os produtos também estão sendo entregue para a Prefeitura servindo para a merenda escolar da rede pública.
“No Rio Bonito hoje nós entregamos derivados à base de milho, fubá, quirera e canjica, são esses derivados que atualmente estamos trabalhando. Mas a idéia é que em 2018 se aumente de produção para podermos entrar na chamada pública. Os cultivos das frutas foram distribuídos entre quatro agricultores que trataram de fazer a implantação do cultivo de morango, maracujá, abacaxi e outros. Ainda estamos em diálogo com demais agricultores que moram na beira do Alagado para que também façam esse tipo de cultivo. A idéia e expandir o trabalho, mas com os pés no chão e garantir a comercialização desses produtos”, explica Jacir.
Legalização da Cooperativa
Nos últimos dias, a CPC-PR foi devidamente legalizada sua instalação em Rio Bonito do Iguaçu, funcionando aos fundos da antiga Casa Familiar Rural.
“A instalação da cooperativa veio através do diálogo entre agricultores daqui já cooperados, por meio de um trabalho que já houve anteriormente de distribuição de mudas frutíferas, proteção de fontes etc. Tivemos um trabalho em parceria com a Associação Paranaense de Pequenos Agricultores e o Movimento dos Pequenos Agricultores. Em 2010 foi implantado um projeto em parceria com a Petrobrás Sustentável denominada “Produzindo Cidadania”, com a instalação de pomares e quintais nas propriedades. Então a cooperativa já tinha uma base de agricultores familiares em Rio Bonito”, acrescenta o presidente local da CPC-PR.
Jacir do Amaral explica ainda que a cooperativa possuía uma concessão no município vizinho de Porto Barreiro e após encerramento, foi entrado em contato com diálogo com agricultores rio bonitense e com auxílio do atual Governo Municipal, já foi providenciada a mudança antecipada da sede para as frutas não perecerem. Recentemente foi providenciado a legalização do Termo de Autorização de Uso do Imóvel para a cooperativa poder ter a segurança jurídica de ter acesso a contratos, licitações e vigilância sanitária.
Em sua totalidade, a CPC-PR possui 161 sócios no geral e em Rio Bonito possui 22.
“Rio Bonito já possui duas cooperativas de produção campesina, então no nosso caso queremos fomentar mais a questão frutífera, como do maracujá, morango, abacaxi e amora. Não queremos fazer e nem atrapalhar o trabalho que as outras duas já fazem”, afirma o presidente.
Os agricultores que tiverem interesse em trabalhar com esses quatro itens frutíferos podem visitar o espaço da cooperativa que está aberta ao diálogo para as tratativas de distribuição, plantio e outros.
O presidente Jacir revela que há 5 anos trabalha com a fomentação desse tipo de cooperativa e com a ajuda de Franciane Marafon – funcionária interna - e mais colaboradores conseguem produzir e arrecadar cerca de 500 a 600 quilos de poupas de fruta por mês. “Mesmo assim não é todo espaço que a gente consegue adentrar para comercializar porque ainda estamos começando”, lamenta.
O principal diferencial do CPC-PR é contribuir para o fomento das frutas para processamento e continuar com o diálogo respeito com as cooperativas já existentes no município. “Trabalhos em quatro pessoas diretamente e temos potencial de chegar até oito colaboradores diretos na produção e distribuição de nossos produtos”, finaliza Jacir.
Assessoria Comunicação RBI
Nenhum comentário:
Postar um comentário