quarta-feira, setembro 20, 2017

Empresa investigada na Operação Hígia também agia em Saudade do Iguaçu, Secretária foi presa


Uma das empresas investigadas na Operação Hígia de combate à corrupção na área da saúde em Pato Branco, no sudoeste do Paraná, também agia em Saudade do Iguaçu, diz a polícia. A suposta ligação foi descoberta durante as investigações que levaram à prisão de nove pessoas, entre elas a secretária de Saúde de Saudade do Iguaçu, Franceli Davi Del Gasperin.

“As investigações apontam que ela receberia propina de uma das empresas ligadas ao esquema em Pato Branco. Este fato não tem ligação com os crimes em Pato Branco, mas há indícios de que uma dessas empresas, que venceu licitações em Saudade do Iguaçu, tratava isoladamente com ela”, explicou o delegado Niomar Manfrin.

De acordo com o responsável pelo caso, a operacionalização e como as irregularidades eram cometidas ainda não se sabe, mas tudo será apurado com o que foi levantado e colhido durante a ação de segunda-feira.

O G1 tenta contato com a defesa da secretária Franceli Del Gasperin.

Em nota, a Prefeitura de Saudade do Iguaçu informou que a administração municipal não é investigada na operação e que está colaborando com a polícia "fornecendo todos os contratos celebrados com as empresas investigadas".

"Ao fim das investigações caso haja comprovação de irregularidades, o Município de Saudade do Iguaçu reservando-se de seus direitos adotará todas as medidas legais cabíveis para proteger os bens maiores que são os princípios que regem a administração pública", completou.

Crimes

Durante a deflagração da operação de combate à corrupção na área da saúde em Pato Branco foram presos temporariamente também o vereador Marco Pozza (PSD), o secretário de Administração e Finanças, Vanderlei Crestani, e o ex-secretário de Saúde Valmir Chiochetta que atualmente estava à frente da secretaria de Saúde de Clevelândia, também no Paraná.

Os alvos da ação são investigados por crimes como associação criminosa, fraude em licitações, peculato, concussão, corrupção ativa e passiva, falsidade documental e lavagem de dinheiro.

Conforme o delegado Manfrin, o principal crime é o de fraudes em licitações. Os detalhes, porém, não foram revelados, porque a investigação iniciada em maio corre em segredo de Justiça. Mas, acredita-se que as irregularidades vinham sendo cometidas desde janeiro de 2015.

“Acabou-se comprovando fraude em licitações para aquisição de medicamentos e material médico hospitalar com a participação de empresas aqui de Pato Branco, de Francisco Beltrão, Curitiba e Joinville, no estado de Santa Catarina”, comentou.

Ao todo, foram cumpridos 67 mandados judiciais em Pato Branco, Clevelândia, Saudade do Iguaçu, Francisco Beltrão, Curitiba e Joinville (SC). Além das prisões, foram apreendidos ainda R$ 160 mil e US$ 2,2 mil, totalizando o equivalente a R$ 167 mil.

G1


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