quarta-feira, dezembro 31, 2014

Dilma não tem mais como se desvencilhar da crise da Petrobras, afirmam tucanos

A presidente Dilma Rousseff esgotou todos os argumentos que a mantinham distante da crise que consome a Petrobras, avaliaram na segunda-feira (29) deputados do PSDB. Eles comentaram a notícia de que a petista e mais 11 autoridades foram incluídas no processo aberto por um município norte-americano contra a estatal. A informação foi veiculada na edição de sábado (27) do jornal “O Estado de S.Paulo”.
Na véspera do Natal, a cidade de Providence, capital do estado de Rhode Island, ajuizou ação contra a companhia sob a justificativa de que o município teve prejuízo ao investir em títulos que perderam valor por causa das denúncias de corrupção e do atraso na divulgação do balanço do terceiro trimestre. Além de exigir o direito de ser ressarcida pelas perdas sofridas, Providence pede a condenação da Petrobras, de duas de suas subsidiárias internacionais, de 15 bancos e de vários membros da atual diretoria da empresa, incluindo a presidente da companhia, Maria das Graças Foster.
No sábado, “O Estado de S. Paulo” revelou que Dilma, o quase ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, o empresário Jorge Gerdau e mais nove autoridades são citadas no processo na condição de “pessoas de interesse da ação” por terem assinado prospectos que serviram de base para as emissões de títulos de dívida e American Depositary Share (ADS) que são discutidos no processo.
O líder tucano na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), considerou grave e reveladora a citação a Dilma e a mais 11 pessoas na ação indenizatória. “É mais um resultado da roubalheira instalada na estatal nos governos de Lula e Dilma, além de representar mais um enorme prejuízo para a empresa e seus investidores”, afirmou o parlamentar no Facebook.
De acordo com a publicação, Providence entrou com a quarta ação coletiva contra a Petrobras somente neste mês. Outras três são movidas por fundos e grupos de investidores individuais.
Perdas e danos – Na avaliação do deputado Duarte Nogueira (SP), a presidente é responsável, ainda que indiretamente, pelo assalto aos cofres da petrolífera. “Em todos os instantes desse processo de degradação da Petrobras, ela era ministra de Estado, presidente do Conselho de Administração da estatal ou presidente da República. Portanto, a ingerência da parte dela em todo o processo foi conhecida.”
Integrante da CPI Mista da Petrobras, encerrada em 18 de dezembro, o deputado Izalci (DF) afirmou que a situação da petroleira tende a se agravar caso Dilma não afaste imediatamente a atual diretoria. “A Petrobras precisa resgatar a credibilidade do mercado. Ao insistir em manter os diretores, ela acaba prejudicando a empresa”, disse.

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