segunda-feira, julho 31, 2017

Esposa mandou o amante matar Policial Militar em Curitiba

A esposa do soldado Marcos Ferreira Rodrigues, de 40 anos, morto a tiros dentro de casa no bairro Campo de Santana, em Curitiba, foi presa na tarde deste domingo (31). Karla Fernanda Menezes Ferreira foi detida por policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) após a Justiça expedir um mandado de prisão temporária. 

Ela será transferida para o Centro de Triagem no fim do dia e a apresentação dela à imprensa será no início da tarde. Karla confessou ter participado do crime ao lado do amante, o soldado do Exército Brasileiro, Fernando Lemes, 18 anos.

Fernando já está preso, vejam no vídeo abaixo


Para os investigadores no momento da confissão, Karla contou que sofria constantes agressões do marido. A advogada de defesa Ana Paula Verterb Faria falou à Banda B e garantiu que provas serão incluídas nos autos processuais. “Ela sofreu abalos psicológicos, físicos e sexuais bastante graves de Marcos. Até o filho sofria esses abusos, isso tudo será mostrado posteriormente. Inclusive, os filhos frequentavam sessões com psiquiatras por causa das agressões que vinham do pai. Ela ficou saturada, já que ele negava a separação a todo momento”, contou a advogada.

Karla confessou o crime na noite de sexta-feira (28) na DHPP, ao lado da advogada. Por ter se apresentado fora do flagrante e espontaneamente, a esposa deixou a delegacia e não permaneceu detida. A prisão aconteceu no domingo, com mandado judicial.

Presa


Karla está em uma cela separada e bastante abalada com o crime. “Ela está arrependida, tentando enxergar de que forma ela poderia ter resolvido sem ser dessa forma. Mas, mesmo assim, ela diz a todo momento que, pelo menos, as crianças não vão crescer com um pai abusador ao lado”, descreveu.

O casal estava junto há 16 anos e teve dois filhos – uma garota de 12 anos e um menino de 3. Há cerca de cinco anos tiveram uma separação devida às agressões, segundo a advogada de Karla. “Eles voltaram, ele prometeu que iria mudar e isso nunca aconteceu. Ele não aceitava a separação, ameaçava ela e as crianças caso saísse de casa. Os familiares dela convivam constantemente com essa violência dele”, descreveu.

A advogada confirma que o soldado do Exército, preso na madrugada deste sábado (29) em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, acusado de ter atirado contra o policial, era um caso extraconjugal, que teria começado há cerca de oito meses. “Esse rapaz via que ela sofria bastante e ‘comprou’ as dores dela, digamos assim. E, justamente, quando ela pediu novamente a separação, Marcos passou a ser ainda mais violento. Ele ameaçou tanto esse rapaz quanto a Karla. Ela contou que estava apaixonada por outra pessoa e isso fez com que o ego masculino piorasse e as agressões triplicassem”, defende Ana Paula.

No entanto, Karla nunca tinha reportado as agressões à polícia, por meio de Boletim de Ocorrência (BO). “Ele era policial e dizia que, se ela fosse fazer alguma coisa e caísse na mão dele, daria um jeito nela e nos filhos. Ele dizia que ninguém iria ajudá-la porque ele era uma pessoa conhecida, inclusive, era visto com bons olhos por todos”, finalizou.

Filhos

Os dois filhos do casal estão com a família de Karla, já que – segundo a advogada – os avós paternos sofrem com transtornos psiquiátricos e não tem condições de zelar pela segurança emocional das crianças.

Crime


O soldado Marcos foi morto com um tiro no ombro – que transfixou e atingiu os seus órgãos vitais – em casa no bairro Campo de Santana, em Curitiba, na noite de quarta-feira (26). Inicialmente, o caso havia sido tratado como latrocínio (roubo seguido de morte), mas essa possibilidade foi posteriormente descartada pela Polícia Civil. No dia do crime, o carro do soldado, um Prisma prata, foi levado pelo autor do crime e abandonado minutos depois, próximo da residência.


Via Banda B

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