sábado, janeiro 21, 2017

MP-PR ajuíza ação contra deputado Hussein Bakri (PSD) por improbidade


O Ministério Público do Paraná (MP-PR) ajuizou uma ação civil pública contra o deputado estadual Hussein Bakri (PSD) e outras cinco pessoas por improbidade administrativa. A ação, que corre em segredo de justiça, trata de um suposto esquema de pagamento de propina para aprovar as contas de 2006 da prefeitura de União da Vitória, no sul do Paraná, quando Bakri era prefeito da cidade.

Segundo a investigação, feita pelo MP-PR de União da Vitória com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Guarapuava, entre os envolvidos no suposto esquema estavam Ziliotto Daldin (PSB), Mario Lúcio Pereira Ferreira, o Mário da Caixa (Solidariedade) e Ricardo Adriano Sass (PSC), todos vereadores de união da VItória em dezembro de 2016, quando ocorreria a votação das contas de Bakri.

Gravações telefônicas feitas com autorização da Justiça registraram conversas em que os envolvidos fazem um acerto, com a promessa de pagamento de propina, para que o presidente da Câmara de Vereadores à época, Ziliotto Daldin, colocasse as contas de Bakri para votação ainda em 2016. Ainda segundo as investigações, os partidários de Bakri temiam que, se a votação ficasse para 2017, as contas fossem reprovadas, deixando o atual deputado estadual inelegível.

O MP-PR também acredita que o advogado Thyago Pigatto Caus, que é genro de Bakri e foi candidato a prefeito de União da Vitória nas últimas eleições, estaria assessorando vereadores para a realização do parecer sobre as contas do ex-prefeito. Essa intervenção direta de Thyago, em princípio, evidenciaria uma suposta fraude na aprovação das contas.
O outro lado

O deputado Hussein Bakri informou que não foi intimado e que vai provar, no decorrer do processo, que é mentira que ele ofereceu propina para os vereadores. Ele disse ainda que não teria motivo pra isso, até porque existe uma decisão do Tribunal de Contas para que as contas sejam votadas pelas Câmaras Municipais. O ex-prefeito também reclamou da demora pra votação, já que são contas de 2006.

A assessoria do advogado Thiago Pigatto Caus disse que ele irá se manifestar quando tiver ciência dos fatos, pois ainda não recebeu nada oficial.

O vereador Ricardo Sass e o chefe do IAP em União da Vitória, André Luiz Aleixo, disseram que não tinham conhecimento da ação e que, por isso, não iriam se manifestar.

A RPC Guarapuava não conseguiu contato com os ex-vereadores Ziliotto Daldin e Mario Lício Pereira Ferreira, o Mario da Caixa.

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