segunda-feira, outubro 31, 2016

ESTUDANTES DEIXAM ESCOLAS E OCUPAM O NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO EM CURITIBA

Desocupação das escolas estaduais em Curitiba começou na manhã desta segunda-feira (31). Entretanto, os estudantes que estão saindo desses lugares agora ocupam o Núcleo Regional de Educação de Curitiba, no bairro São Francisco. É o primeiro prédio administrativo do governo a ser ocupado na capital – o núcleo de três outras cidades do interior (Laranjeiras do Sul, Pato Branco e Maringá) chegaram a ser ocupados, mas já funcionam normalmente.

Cerca de 35 estudantes chegaram por volta das 9h30 ao prédio. Três viaturas da Polícia Militar (PM) acompanham a movimentação. O Núcleo fica no mesmo edifício do ParanáPrevidência. Também nesta segunda, professores decidiram pelo fim da greve em assembleia da App-Sindicato.

O processo de desocupação está ocorrendo voluntariamente em todas as 24 escolas em que a Justiça determinou semana passada a reintegração de posse. O Colégio Estadual Guido Arzua, no Sítio Cercado, foi o primeiro a ser desocupado na manhã desta segunda. Apesar da saída voluntária, um oficial de Justiça foi à escola entregar a notificação. Isso está acontecendo em todas as escolas da cidade.

Além das desocupações determinadas pela Justiça, o prazo do Ministério da Educação (MEC) para que os estudantes desocupem as escolas onde serão aplicado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também se encerra nesta segunda.

O MEC ameaça cancelar o Enem se as escolas permanecerem ocupadas. O exame está marcado para o próximo fim de semana – nos dias 5 e 6 de novembro. Em assembleia na última semana, os estudantes propuseram a transferência das provas para escolas municipais. O MEC, entretanto, ainda não se posicionou sobre a proposta.

A Justiça começou a distribuir as ordens de desocupação de 24 escolas em Curitiba às 10 horas. A expectativa do Ocupa Paraná é de que até o final do dia todas as desocupações tenham ocorrido. “Todas as 24. A ideia é de que esse movimento seja voluntário”, comenta Higor, que prefere não ter o sobrenome revelado. Segundo o movimento, essa decisão será pontuada pelos próprios alunos.

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Laranjeiras do Sul

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