quinta-feira, setembro 22, 2016

Reforma no ensino médio dispensa aulas de educação física, artes e espanhol


O presidente Michel Temer editou, nesta quinta-feira, a Medida Provisória que reformula o currículo do ensino médio e aproveitou a cerimônia no Palácio do Planalto para ressaltar que o seu governo não vai reduzir verbas da educação.

"Em momento algum nós faremos isso. Nós sabemos qual é a nossa responsabilidade fiscal e que a responsabilidade social caminhe junta", afirmou. "Se de um lado temos isto, que importa para austeridade, de outro temos que ter responsabilidade social com nossos olhos voltados para educação".

O objetivo, segundo o governo federal, é incentivar que as redes de ensino ofereçam ao aluno a chance de dar ênfase em alguma dessas cinco áreas. Entre os conteúdos que deixam de ser obrigatórios nesta fase de ensino estão artes, educação física, filosofia e sociologia.

O segundo ponto importante na mudança será o aumento da carga horária. Ela deve ser ampliada progressivamente até atingir 1,4 mil horas anuais. Atualmente, o total é de 800. Com a medida, a intenção do Ministério da Educação (MEC) é incentivar o ensino em tempo integral, o que prevê programa específico de incentivo às escolas.

Mudanças no currículo

A reformulação tem o objetivo de evitar a evasão escolar e melhorar a qualidade do ensino. Com a nova proposta, a carga horária passa de 800 para 1,4 mil horas, exigindo turno integral.

O currículo, que hoje abarca 13 disciplinas obrigatórias, também sofrerá modificações. Durante todo o primeiro ano e metade do segundo, o estudante seguirá aprendendo o básico de cada matéria, com base nos pilares que já norteiam o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem): Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Matemática.

No ano e meio seguinte, porém, ele terá mais flexibilidade para priorizar assuntos que sejam da sua área de interesse para um futuro ensino técnico ou superior. "O novo ensino médio tem como pressuposto principal o protagonismo do jovem", disse Mendonça.

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