Entre os documentos apreendidos, estão fichas e anotações diversas. Para o Gaeco, essas fichas funcionariam como um pré-cadastro para o transporte de eleitores no dia da eleição. Anotadas de forma precária, nelas constam o nome do eleitor, o endereço, telefone e, no campo reservado para observações, a palavra asfalto para caracterizar o acesso aos domicílios.
“Há agendas e anotações dispersas. Inclusive, apreendemos fotocópias de RG, CPF e título de eleitor em uma residência onde cumprimos mandado de busca e apreensão. Eram pessoas relacionadas como potenciais eleitores para o transporte no domingo da eleição”, conta a coordenadora do Núcleo do Gaeco Guarapuava, Elaine Munhoz Gonçalves Rodrigues.
As fichas seriam confeccionadas em regiões da cidade, como Jardim das Américas, Colibri e São Vicente, durante a campanha. Nelas, estariam as informações dos moradores, incluindo a autorização para o transporte do eleitor ou não até o local de votação.
O Gaeco está na fase final da investigação, iniciada 30 dias antes do pleito. O material apreendido está sendo entregue ao Ministério Público Eleitoral para que seja aberta uma Aije (ação de investigação judicial eleitoral). Se houver decisão desfavorável a Samuca, ele pode tornar-se inelegível para os próximos oito anos. Caso isso aconteça, ele não poderá assumir uma cadeira na Câmara de Vereadores numa eventualidade, já que é segundo suplente pela coligação Unidade com Responsabilidade (PPS-DEM), ao obter 1.069 votos – 24º mais votado.
Detalhes contados ao Diário por um dos investigadores do Gaeco estarão na edição impressa desta quinta-feira, 11.
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