quarta-feira, outubro 10, 2012

Dia do Engenheiro Agrônomo


Há 79 anos, em 12 de outubro de 1933, o presidente Getúlio Vargas regulamentava a profissão de Engenheiro Agrônomo. Em quase um século, muita coisa mudou nos processos que levam o alimento até a mesa da população. Mas, a importância do trabalho desse profissional é cada vez maior.

A história da profissão, no entanto, não começou nos primeiros anos da Era Vargas. Em 1875, por exemplo, o Brasil ganhava a primeira instituição de ensino na área, a Imperial Escola Agrícola da Bahia, inaugurada dois anos após sua criação. Antes disso, já existia o Imperial Instituto Bahiano de Agricultura. Outros institutos surgiam em regiões diferentes do país nos anos seguintes. O intuito do Imperador D. Pedro II era justamente de que elas fundassem escolas agrícolas, além de incorporar tecnologia ao Brasil.
Contudo, pode-se dizer que a origem da Agronomia é milenar. Alguns pesquisadores resgatam a história da palavra agrônomo na Grécia Antiga, em Atenas, onde designava o magistrado encarregado da administração da periferia agrícola da cidade.

Com a Modernidade, a Agronomia foi assumindo status de ciência. “A Agronomia deve ser entendida como uma ciência. Portanto, as inovações ou invenções no setor agropecuário, que elevam a produtividade, asseguram o fornecimento de alimentos em quantidade e qualidade, além de técnicas de preservação do meio ambiente, de cultivo com sustentabilidade passam pela pesquisa desenvolvida por profissionais da Agronomia”, afirma o engenheiro agrônomo José Roberto Papi, que é presidente da Aeagro (Associação dos Engenheiros Agrônomos de Guarapuava).

O engenheiro agrônomo Roberto Chueire Vieira, presidente da Aeari (Associação dos Engenheiros Agrônomos da Região de Irati), afirma que, apesar da Agronomia ser o conjunto das ciências e dos princípios que regem a prática da agricultura, o engenheiro agrônomo tem uma profissão com amplas possibilidades, não só no ambiente rural, como também o urbano.

“O Engenheiro Agrônomo tem uma formação generalista, com sólido embasamento nas áreas fundamentais do conhecimento científico e técnico relacionado às ciências agrárias e do ambiente. Ele é capaz de gerar e difundir conhecimentos científicos e técnicas agronômicas adequadas à promover o desenvolvimento do setor agropecuário brasileiro, através de uma atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas de ordem humana, produtiva, científica e tecnológica. Para tanto, posta-se dentro das atribuições que a legislação profissional lhe confere de forma ética”, comenta.

As atividades deste profissional também são variadas, como conta o engenheiro agrônomo Paulo Pedral Sampaio Cunha, vice-presidente da Aenvapi (Associação dos Engenheiros do Vale do Piquiriguaçu). “Começa desde a preparação da área de plantio, ou do planejamento da cultura a ser efetuada, durante o cultivo, no pós-colheita, como também na produção e industrialização de produtos agrícolas – de defumados a doces -, na produção de pasto, e de sementes”, ilustra.

A entidade da qual Cunha faz parte está sediada em Laranjeiras do Sul. Conforme, o engenheiro agrônomo, a região é predominantemente agrícola, tendo como principais culturas a soja, milho, feijão, arroz, fumo, além do gado de leite e de corte. “Todas essas culturas necessitam do acompanhamento técnico, função desempenhada pelo engenheiro agrônomo”, ressalta.

No CREA-PR

Ao longo do tempo, as leis que definem e disciplinam a profissão foram aprimoradas. O decreto de 1933 foi substituído mais tarde pela lei federal 5.194, de 1966, que instituiu o sistema Confea/CREA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia/Conselho Regional de Engenharia e Agronomia). Em cada unidade da federação, o CREA é o órgão fiscalizador do exercício das profissões ligadas às engenharias, dentro das quais está a agronômica.

“O Conselho regulamentador dá a garantia de podermos exercer nossa profissão com exclusividade. A lei representa a vontade da sociedade. Portanto, o nosso compromisso é de trabalhar pelo desenvolvimento sócio econômico, que leve à melhoria da qualidade de vida da população, honrando a confiança que nos foi depositada”, ressalta Papi.

Via  João Quaquio - Jornalista

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Laranjeiras do Sul

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