De acordo com o Gaeco, Ribeiro admitiu que recebeu propina de empresários para que eles fossem beneficiados em uma licitação para a compra de kits escolares pela prefeitura. O negócio foi fechado em 2011, quando Ribeiro ainda era vice-prefeito da cidade. Ele assumiu a prefeitura em agosto de 2012, após Barbosa Neto (PDT) ser cassado.
No depoimento, Ribeiro afirmou que as empresas pagaram R$ 150 mil, que foram divididos entre ele, Barbosa Neto e o ex-secretário da Fazenda, Lindomar dos Santos. O dinheiro seria dividido em partes iguais, ou seja, cada um deles teria recebido R$ 50 mil. Nesta quinta (6), porém, o advogado afirmou que Ribeiro apenas repassou o dinheiro, não tendo ficado com nenhuma parte. Barbosa Neto também negou participação, e, após prestar esclarecimentos ao Gaeco, disse ser vítima de armação do atual prefeito. Já Lindomar dos Santos disse que só vai se manifestar judicialmente sobre o caso.
Estas implicações, contudo, podem não ser válidas, segundo o advogado Paulo Nolasco. Ele considerou o depoimento do seu cliente nulo, já que não contou com presença de advogado. “Foi tomado sem que fosse dada a informação a ele de que ele estava dando um depoimento que poderia ser usado contra ele, e que ele poderia ficar em silêncio se não soubesse ou não quisesse falar (...) Ele foi lá para um cafezinho com o pessoal da promotoria”, defendeu Nolasco.
O advogado também informou que, no momento, não há qualquer possibilidade de renúncia por parte de Ribeiro. Nesta quinta (6) o prefeito esteve na prefeitura trabalhando, mas não falou com a imprensa.
G1
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